Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavras serve de expressão a um em relação ao outro.

Mikhail Bakthin



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A colaboração versus o aprisionamento da informação


        No texto “O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição” João Brant sinaliza os locais em que ocorre a incessante luta entre a colaboração/compartilhamento e a competição/aprisionamento.  
       Ele destaca a Educação Formal como um campo estratégico de batalhas entre essas duas forças antagônicas. Segundo ele, há tentativas várias da economia de mercado para transformar a informação, que é um bem comum que todos podem usufruir, em mercadoria. Para explicitar algumas das táticas utilizadas para essa finalidade, ele cita Nicholas Garnham (1990, p. 40) que desvela quatro desses mecanismos:

A proteção dos direitos de cópia; o controle de acesso (seja por meio de um controle direto, como bilheteria ou senha, seja por controle dos meios de distribuição, como no caso da TV a cabo), a obsolescência programada (como no caso dos jornais diários) e, finalmente, a associação do produto a um outro produto que tem valor de troca (como no caso dos programas de TV em que a potencial audiência é vendida para o anunciante).  

       João Brant () assevera que a educação pode ser um caminho para a libertação poítica dos indivíduos ou pode ser apenas mais um aparelho de disseminação da ideologia dominante, e que estes dois aspectos sempre estiveram presentes na educação.
        Outro meio é a Internt, concebida por ele como um campo político em que se pode visualizar a luta constante entre a colaboração e a competição. Nesse contexto, assevera que o Software Livre surge como uma força promotora da liberdade quebrando uma lógica de mercado que visa transformar a informação em produto comercial.
        Quanto à mídia, esta é o local democrático em que circulam as idéias, os valores culturais. Ela é promotora da apropriação e re-significação da informação, mas, também, é o local de difusão dos ideais mercadológicos do capitalismo. Segundo ele, nesse contexto, a escola e o professor, agentes educacionais, têm papel importante na promoção de mentalidades desveladoras e formação de jovens capazes de interagirem ativamente com as novas tecnologias e de refletirem criticamente acerca da realidade em que estão inseridos.


http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/wp-ontent/uploads/2008/08/livroalemdasredes.pdf

Um comentário:

  1. Oi. Gostei do seu blog. As postagens são interessantes, apontam para os textos estudados. Seria bom fazer uma apreciação mais pessoal sobre esses temas e abordagens.

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