Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavras serve de expressão a um em relação ao outro.

Mikhail Bakthin



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Os Trânsitos de saberes

        Em seu texto A nova relação com o saber Pierre Léyy discorre sobre, dentre outros, aqueles aspectos que sinalizam as mudanças na educação oriundas das transformações contemporâneas, em particular, das novas tecnologias de comunicação, como a Internet.
        Num passado, não muito distante, havia um modelo de educação centralizado na figura do professor como sujeito detentor e transmissor de conhecimentos. Neste sistema, os alunos eram considerados receptores passivos prontos para receberem do mestre as informações necessárias para suas aprendizagens. O que vemos na atualidade é outra forma de pensar a educação, não mais como transmissão, mas como um ato cooperativo que se dá através da interação entre sujeitos. Assim, cabe ao professor a função de mediador entre os conhecimentos historicamente legitimados pela sociedade e os educando, sujeitos atuantes na construção de seus conhecimentos, isto no ambiente escolar, mas não restrito apenas a esse local ou restrito à figura do mestre. O autor Pierre Léyy sinaliza essa descentralização da educação. Segundo ele, frente a essa realidade, o professor assume o papel de animador da inteligência coletiva.
        Nesse mar de conhecimentos, a todo o momento somos acometidos por verdadeiras avalanches de informações que estão dispostas em vários meios de comunicação, como panfletos, outdoor, propagandas televisivas, jornais, periódicos e rádios. Mas o fluxo maior de informações está veiculado pela Web que é um grande espaço centralizador de informações e serviços. Entretanto, ao mesmo tempo não sabemos o que fazer com tantas informações, não as aproveitamos em suas particularidades. De fato, selecionamos aquilo que convém aos nossos interesses. É nesse sentido que a presença de alguém que nos ajude a transitar pelos vários conhecimentos ainda é necessária. Quem disse que a profissão professor irá desaparecer está muito enganado.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

o consumo pirata

Estamos tão acostumados a usufruir de tudo aquilo que está disponível na internet, que não fazemos reflexão sobre nossas ações. Mas afinal se está disponível e de livre acesso quem vai se perguntar se é certo ou errado fazer downloads? E será que  realmente é errado?  Se pirata não é uma questão de escolha é uma necessidade. Muitos são os motivos que levam as pessoas a preferirem a cópia ao original, um desses motivos é o preço de custo que torna o produto dispendioso, portanto de acesso limitado. Por outro lado, verifica-se que muitos interesses estão envolvidos no combate à pirataria. Isto porque em nosso país a questão de direitos autorais é muito delicada e conflituosa, pois normalmente quem fica com a maior parte do lucro é quem comercializou o produto e não o dono de fato. Isto não é uma questão de defender a pirataria, mas a partir dessa questão buscar soluções para esse problema.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A colaboração versus o aprisionamento da informação


        No texto “O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição” João Brant sinaliza os locais em que ocorre a incessante luta entre a colaboração/compartilhamento e a competição/aprisionamento.  
       Ele destaca a Educação Formal como um campo estratégico de batalhas entre essas duas forças antagônicas. Segundo ele, há tentativas várias da economia de mercado para transformar a informação, que é um bem comum que todos podem usufruir, em mercadoria. Para explicitar algumas das táticas utilizadas para essa finalidade, ele cita Nicholas Garnham (1990, p. 40) que desvela quatro desses mecanismos:

A proteção dos direitos de cópia; o controle de acesso (seja por meio de um controle direto, como bilheteria ou senha, seja por controle dos meios de distribuição, como no caso da TV a cabo), a obsolescência programada (como no caso dos jornais diários) e, finalmente, a associação do produto a um outro produto que tem valor de troca (como no caso dos programas de TV em que a potencial audiência é vendida para o anunciante).  

       João Brant () assevera que a educação pode ser um caminho para a libertação poítica dos indivíduos ou pode ser apenas mais um aparelho de disseminação da ideologia dominante, e que estes dois aspectos sempre estiveram presentes na educação.
        Outro meio é a Internt, concebida por ele como um campo político em que se pode visualizar a luta constante entre a colaboração e a competição. Nesse contexto, assevera que o Software Livre surge como uma força promotora da liberdade quebrando uma lógica de mercado que visa transformar a informação em produto comercial.
        Quanto à mídia, esta é o local democrático em que circulam as idéias, os valores culturais. Ela é promotora da apropriação e re-significação da informação, mas, também, é o local de difusão dos ideais mercadológicos do capitalismo. Segundo ele, nesse contexto, a escola e o professor, agentes educacionais, têm papel importante na promoção de mentalidades desveladoras e formação de jovens capazes de interagirem ativamente com as novas tecnologias e de refletirem criticamente acerca da realidade em que estão inseridos.


http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/wp-ontent/uploads/2008/08/livroalemdasredes.pdf

domingo, 24 de outubro de 2010

Os dois lados antagônicos da revolução tecnológica


        A revolução tecnológica modificou a relação dos homens entre si e deles com a natureza. Também trouxe melhorias na área de saúde, na educação, na economia etc. Entretanto, infelizmente, nesse progresso tecnológico que interligou o mundo e fundou a sociedade digital, muitos se encontram marginalizados.
        Nesse contexto, o problema do lixo tecnológico parece ser muito mais agravante do que o problema da exclusão digital. A cada dia surgem equipamentos novos, modernos, atraentes. Diariamente, propagandas nos estimula a comprar produtos cada vez mais sofisticados. Então, deixamo-nos persuadir, passamos a achar que os objetos eletrônicos que possuímos estão fora de moda, obsoletos e acabamos contribuindo com a lógica da sociedade de consumo. A consequência é cada vez mais o acúmulo de lixo na natureza.  O pior é que poucos usufruem dos privilégios tecnológicos, mas todos sofreram as consequências da agressão ao meio ambiente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estar dentro ou fora, uma questão de poder e ter...

Para construir uma política de inclusão digital que realmente vise a integraçaõ das pessoas   marginalizadas na sociedade digital, é necessária a problematização dos entraves que se estabelecem , sejam eles de ordem económica, social ou étnica.   Repensar essas questões .... ( em produção)

sábado, 2 de outubro de 2010

Software livre e a educação escolar

      A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas, por isso  é necessário que a escola esteja acompanhado esse movimento, que seja  ativa no processo de inclusão digital, assim proporcionado aos alunos acesso ao mundo virtual contemporâneo, para que eles possam desenvolver habilidades, conhecimentos importantes para a construção de suas aprendizagens. Assim, refletir sobre a importância da utilização do blog nas atividades escolares, e ou a criação de uma rádio Web com Softare Livre é esta atento a demanda do mundo atual, principalmente, em relação ao mercado de trabalho e aos novos meios de comunicação.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós...

Entre os princípios mais importantes que regem um software livre destaca-se a liberdade de poder utilizá-lo sem restrinções a não ser aquelas que garantam a manutenção desse princípio fundamental. Para ser livre, o software precisa predispor de um sistema de programação aberto que pode ser manipulado, assim é possível fazer, refazer e aprimorar o programa que também pode ser  copiado,  distribuido e redistribuido sem limitações. E o que é mais importante, as pessoas não precisam pagar para obter esse direito. Qualquer pessoa pode aderir ao movimento software livre, mais é  importante que ela compartilhe os seus conhecimentos, sua descobertas com outras pessoas. Isto  nem sempre  será uma tarefa muito fácil, pois estamos tão acostumados com o software proprietário que temos a sensação de que o usodo software livre seja complicado. Entretanto, com a manipulação diária dos recursos deste programa passamos a conhecê-lo melhor e, aos poucos, as dificuldades vão sendo vencidas. Isto sim  é o que nos faz pensar em "cidadania". o acesso às novas tecnologias deveria ser um direito de todos.